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Como anda a geração de energia?

O setor elétrico brasileiro enfrenta desafios significativos com o início da estação seca, com preocupações com a escassez de água impactando os reservatórios hidrelétricos, especialmente na região Sudeste/Centro-Oeste, que responde por aproximadamente 70% da capacidade de geração hidrelétrica do país. De acordo com dados recentes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os reservatórios dessa região devem fechar em maio de 2025 com 69,5% de sua capacidade de armazenamento. Esse número, embora relativamente alto em comparação com as mínimas históricas, ainda gera preocupações devido ao início da estação seca (maio a novembro) e à potencial redução das chuvas, o que pode pressionar ainda mais os níveis de água.

O subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que abrange bacias importantes como a do Rio Paraná, tem sido alvo de análises após a severa seca de 2024, descrita como a pior em 50 anos, quando os níveis dos reservatórios caíram para a crítica marca de 43,7% em novembro. Apesar das recentes melhorias devido a medidas como a restrição de vazamentos de água de reservatórios como Jupiá e Porto Primavera, o setor permanece vigilante. O ONS e o Ministério de Minas e Energia (MME) implementaram estratégias para preservar a água, incluindo a operação flexível de usinas térmicas e contratos como o Termopernambuco para reduzir a dependência da geração hidrelétrica durante os picos de demanda.

O nível atual dos reservatórios de 69,5% no Sudeste/Centro-Oeste é um ponto de partida positivo para a estação seca, impulsionado pelas chuvas favoráveis ​​no início de 2025. No entanto, especialistas alertam que condições de seca prolongadas, potencialmente exacerbadas por fenômenos climáticos como La Niña, podem reduzir os níveis significativamente até novembro. Para mitigar os riscos, o setor está se apoiando em fontes de energia diversificadas, com a geração eólica e solar batendo recordes em 2024, reduzindo a necessidade de usinas térmicas caras e poluentes. Por exemplo, a geração eólica no Nordeste atingiu o recorde de 14.813 MWmed em junho de 2023, demonstrando o papel crescente das energias renováveis.

Apesar desses esforços, os desafios persistem. A alta demanda por energia, impulsionada por temperaturas acima da média e pela recuperação econômica, pode sobrecarregar o sistema se as chuvas permanecerem abaixo das médias históricas. O ONS tem enfatizado medidas preventivas, como a operação flexível de usinas termelétricas e a melhoria das linhas de transmissão, para garantir a estabilidade do fornecimento. O MME não projeta risco de escassez de energia em 2025, mas a dependência de usinas termelétricas, no pior cenário, pode aumentar as tarifas dos consumidores devido ao aumento dos custos operacionais.

 
 
 

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